Eu, Malala de Malala Yousafzai - Book Review
11:00:00
" No dia 9 de Outubro de 2012, Malala Yousafzai, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava com as professoras e as colegas foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes à queima-roupa sobre a jovem, atingindo também outras duas raparigas. Nos últimos anos Malala - uma voz cada vez mais conhecida, não só na sua região de onde é oriunda, o Vale de Swat, mas também todo o Paquistão, por lutar pelo direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas - tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos. Esta é a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida. É também uma narrativa que nos fala do pai que nunca desistiu de encorajar a seguir os seus sonhos numa sociedade que dá primazia aos homens, e de uma região, outrora apelidade de Suíça do Oriente pela sua beleza ídilica, mas agora dilacerada por décadas de conflitos políticos, religiosos e tribais. Um livro que nos leva numa viagem extraordinária e que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o mundo."
Olá Flor lover's! Pela altura dos anos da Malala, no mês passado, partilhamos convosco um pouco do livro dela nas stories do nosso Bookstagram e, hoje, trazemos este post com a review completa do livro.
Já li o livro há algum tempo mas pretendo voltar a lê-lo para "apanhar" pormenores e mensagens que podem ter escapado, pois considero um livro com uma mensagem muito forte e importante.
Na autobiografia, “Eu, Malala”, lê-se a história de uma menina paquistanesa que, desde cedo, se revelou especial e com algum propósito.
Ficha Técnica:
Na autobiografia, “Eu, Malala”, lê-se a história de uma menina paquistanesa que, desde cedo, se revelou especial e com algum propósito.
Ao
longo deste livro, Malala narra a sua história de vida, a da sua família e a do
Paquistão, procedendo a várias analepses como forma de intercalar os assuntos e
acontecimentos históricos. Nos primeiros capítulos, fica-se a conhecer a
vida do pai e da mãe de Malala, que se revelam pessoas com bom coração e
bondosas.
Após essa
contextualização dos progenitores da escritora, esta revela que as suas origens
são pobres e humildes, narrando o seu dia-a-dia enquanto uma menina que, mais
tarde, viria a ter que seguir a ideologia destinada ao género feminino, apesar
de não aceitar e acreditar nas suas convicções e direitos. Desta forma,
conseguimos perceber que Malala cresceu na escola do seu pai e que é uma
excelente aluna, querendo sempre alcançar os melhores resultados da sua turma.
Efetivamente, quando Malala tinha dez anos, é
que as origens de todos os grandes problemas narrados nesta obra, surgem. Os
talibãs distorceram todas as realidades em nome do Alcorão, provocando grandes
manifestações e movimentos violentos a quem estivesse contra os ideais
defendidos. Por exemplo, estes não permitiam que se assistisse aos filmes de
Bollywood, que as mulheres saíssem à rua sem estarem acompanhadas por um homem
e que estas frequentassem a escola.
Apesar destas ordens e do perigo que era desafiá-los, Malala continua a frequentar a escola, sendo
que, cada vez mais estava consciencializada que tinha de fazer algo para travar
esta situação, uma vez que achava que não havia justificação para a educação
estar a ser negada, já que é um dos pilares mais importantes numa sociedade.
Assim, ela começou por dar algumas entrevistas, a escrever um blog para a BBC
Urdu, a dar o seu testemunho para documentários e a participar em eventos,
começando a tornar-se uma voz forte, não só no Paquistão, mas também um pouco
por todo o mundo.
Porém, para além de Malala se estar a tornar
numa grande ativista no meio daquele cenário catastrófico, isso também
significava que estava a tornar-se num alvo para os talibãs, sendo que estes a
atacaram, quando esta regressava da escola, com outras meninas, num riquexó.
Depois desse grave acontecimento, Malala tem
de efetuar várias cirurgias, a maior parte delas na cidade de Birmingham, na Inglaterra, onde posteriormente também lhe foi
oferecida residência.
Assim, a história termina com a narração e
opinião sobre a nova vida de Malala, depois de recuperada do ataque,
tornando-se assim numa voz ainda mais forte.
Ficha Técnica:
Título: "Eu, Malala"
Autor: Malala Yousafzai com Christina Lamb
Editora: Editorial Presença
Classificação: 9/10 estrelas
Sendo assim, apesar de algumas descrições históricas serem um pouco longas, o que poderia ser um ponto a melhorar, é um ótimo livro, de leitura obrigatória!
Já leram o "Eu, Malala"?
» crédito das fotos | Google
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